Ao fundo do corredor ouviam-se passos
A obscuridade da noite penetrava pelas janelas
Só o desejo se fazia ouvir...
O rosto diluíra-se na nudez da alma.
Permanecia imóvel,
Olhava através da janela a vida
Os lençóis mantinham-se intactos
O luar saboreava-lhe o corpo.
Sorria ao entregar
Os seus pensamentos á noite
Que a consumia e lhe rasgava o corpo
Invadindo-lhe a alma,vislumbrando-lhe o olhar
Era feliz,
Entre o olhar que lhe percorria a alma
À muito sentira a entrega de um amor
E aprendera a viver
O fundo do abismo
Não possuía espaço para mágoas
As lágrimas escorriam pelas paredes
Lavavam o seu interior desnudando a alma
Sentia-se leve,olhava
Voava por cada esquina deserta
Tocava o silêncio e
Abraçava-se ás árvores
Cobria-as com o seu calor
Sorria-lhes e elas beijavam-na de vida...
Mas a noite ao de leve
Caia-lhe sobre o corpo
Já cansado e adormecido
As pálpebras desenhavam o descanso
Cobriam-lhe a imagem.
Adormecera no silêncio da noite
Sobre o seu respirar na ausência
Do tempo que se perdera...
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